segunda-feira, 31 de março de 2008

Páscoa

Estou a ficar desleixado.... a prova é o tempo que passou desde a minha ultima visita. Tenho este post escrito à mais de duas semanas para meter no blog e não havia meio. Nesta altura, o caro leitor cibernauta pode ter a pergunta do dia já em mente: "Não me digas que já sabias que ias demorar as duas semanas para meter isto no blog?". Obviamente. Sabem que já me conheço a mim próprio muito antes de começar a década de 80, o que já dá uns anos largos e sabia que isto ia ficar indefinidamente no meu desktop a ganhar bolor e cheiro... definitivamente, não tenho muita paciência para mim.
Mas estou aqui para escrever qualquer coisa sobre a Páscoa. Páscoa é aquele feriado que não serve para rigorosamente nada. É um domingo igual a tantos e tantos domingos que se vivem durante o ano todo. Mas há uma pequena diferença. É o Domingo mais domingo de todos. Tresanda a Domingo. É tão Domingo que até irrita. O dia é típico. Sai-se para almoçar com a família ou a casa da sogra ou a um restaurante da região saloia, com um grupo de familiares nunca inferior a 352.983, que inclui várias tias emigrantes de segundo grau que a única coisa que nos sabem fazer é apertar as bochechas, mesmo que já tenham 35 anos, e perguntar quando é que se casam. Depois do almoço, claramente obrigatório é o passeio pelas arribas na Ericeira em que quase somos obrigados a comprar o celebre pacote de queijadas ou na pior das hipóteses um saco com cavacas das Caldas. Mas vamos parar que já me está a dar um ataque de pânico...
Para evitar que a Páscoa se torne o domingo mais domingo do ano proponho que tomemos uma atitude. Porque há-de a Páscoa ser apenas um almoço de família com um passeio á tarde em que dá sempre a todos uma lanzeira descomunal? A Páscoa era muito mais divertida se antes de almoço, por exemplo, se colocassem 12 amêndoas na boca e que se formulem 12 desejos a realizar até á Páscoa seguinte. Os desejos têm de ser formulados em voz alta e apenas se iriam realizar os que se conseguirem perceber. Pelo menos animava mais a coisa e divertia miúdos e graúdos.